A ação dos fluoretos na cavidade oral é de fundamental importância para a manutenção da saúde dentária. Ele exerce a função de captar íons cálcio, presentes no fluxo salivar, e depositar na superfície dos dentes, freando o desenvolvimento do processo de cárie. Lembrando que a cárie é um processo químico e biológico que desmineraliza a estrutura dentária, pois temos bactérias no fluido salivar que utilizam os açúcares que ingerimos, transformando-os em ácidos que vão reagir quimicamente com os íons cálcio do esmalte e dentina, removendo-os e formando cavidades nos dentes. Neste contexto, o flúor tenta através da remineralização evitar que está degradação seja significativa e, mais do que isto, ele tenta parar este processo agressivo.
Além disto, também utilizamos os fluoretos no tratamento da hipersensibilidade dentinária – aquela dorzinha chata com estímulos térmicos que ocorre quando dentina (tecido interno dentário) está exposta ao meio oral – que ocorre devido à ausência ou desgaste de esmalte (tecido que recobre coroa dentária) ou cemento (tecido que recobre raiz dentária). Neste caso, o flúor também vai captar cálcio do meio salivar e depositar na entrada dos túbulos dentinários, com o objetivo de obliterá-los, evitando a propagação do estímulo para o interior do dente, diminuindo significativamente a dor.
Podemos encontrar flúor na água, pasta de dente, enxaguantes bucais, soluções manipuladas mais fortes, gel, vernizes. Recomenda-se consultar, preventivamente, com um dentista de 6 em 6 meses, ou até de ano em ano, a utilização do flúor deve ser feita sobre orientação profissional, evitando-se muitas vezes, de forma simples, situações corriqueiras e desconfortáveis que acometem os dentes, mantendo seu sorriso saudável.
Dr. Felipe Crippa Smith (CRO-RS 13.282)
Especialista em Implantes Dentários